segunda-feira, 27 de julho de 2009

No giro da Virada

A cidade de São Paulo se contagia por ritmos diversos na Virada Cultural

O centro de São Paulo para. Ou melhor, se movimenta de maneira diferente.
Diversas tribos se unem num só ideal, a difusão cultural. As pessoas saem de casa com a certeza de que encontrarão algo que as satisfaçam, há atrações de todos os tipos de arte, música, cinema, teatro, literatura e dança. Isso é Virada Cultural.

Em sua quinta edição, foi a primeira vez que a Virada sucedeu um feriado prolongado, ocorreu nos dias 2 e 3 de maio, em 24 horas ininterruptas.

Com a forte característica da diversidade, a Virada Cultural encontrou em São Paulo o lugar apropriado para acontecer, a cidade conhecida como cosmopolita por abrigar diferentes povos de vários lugares do mundo, inclusive do Brasil, recepcionou de maneira hospitaleira este evento, que com ritmo alucinante de quase quatro milhões de pessoas contagiou e fez a cidade que, diariamente é movimentada pelo caos do trânsito e dos centros empresarias, se dedicar à cultura.

Os ônibus, trens e metrôs são povoados pelo público e a pergunta é sempre a mesma: “Para que palco você vai?”. Apesar das 24 horas de duração, o ponto alto da Virada é a madrugada, com palcos espalhados por toda a região central, milhares de pessoas se dividem em diferentes estilos musicais e em meio ao vai e vêm, artistas de rua completam o visual movimentado da cidade.
O evento possibilita a divulgação da cultura e, consequentemente, abre espaço às culturas menos divulgadas, prova disso foi ocupar a rua Conselheiro Crispiniano com artistas de músicas instrumentais, abrir o Teatro Municipal para shows da MPB, povoar o largo do Arouche com amantes do romântico brega e disponibilizar um palco na avenida Rio Branco para o samba-rock.

Palco avenida Rio Branco

“É o reconhecimento da nossa cultura, um marco, um palco só para nós”, disse Mario Jardim, amante do samba-rock desde a década de 80. Mario estava acompanhado de sua família e afirmou ter sido a melhor Virada Cultural, pois além do palco dedicado ao seu estilo de música preferido, houve respeito e segurança. “Passei em outros palcos e pude comparar, esse palco era o mais tranquilo, com pessoas mais velhas unidas aos jovens, eram os seguidores dos bailes de flash back, um povo mais centrado na dança, são mais amistosos”, afirma.

O samba-rock surgiu na década de 70, é um estilo de dança, que veio do sambalanço, uma mistura de samba com rock, possui passos característicos de muitos giros e balanço. Enraizada na cultura negra, tem o orgulho de seus seguidores que, em geral, não são conhecidos da massa, como Kamicha Santos, que curte o estilo há mais de dez anos. “O samba-rock é esquecido, como várias outras culturas negras, o hip-hop também, por isso esse palco é reconhecimento, é uma forma de demonstrar o pessoal que dança”, afirma.

Kamicha e Kennedy ao som de Clube do Balanço
Kamicha comprovou o que disse dando um show de dança com Kennedy Haywanon. Ao som da banda Clube do Balanço paralisou dezenas de pessoas e, após a dança, arrancou gritos e aplausos. Kennedy, com risos disse ao final: “Isso daqui não é nada, só estou aprendendo.”
A dança foi a protagonista do palco da avenida Rio Branco, por todos os lados era notável a quebra de braços, os giros e a ginga do samba-rock, porém, Camila Cristina dos Santos, deixou clara
sua insatisfação: “A organização não se preocupou com a dança, falta espaço, deviam fazer uma área reservada para quem dança”, mas garantiu


colaboração de quem não dança. “Foi bom porque houve respeito, conseguimos, mesmo com empurra-empurra, espaço para dançar, o pessoal nos respeitou.” E, mesmo os não dançantes, curtiram e aprovaram o evento. “Apesar de eu não dançar, gosto muito da música, espero que daqui para frente entre na grade de programação de todas as viradas”, comentou Marcel Alves.
Apesar de ser um palco destinado a um único estilo de música, houve diversidade nas andas, desde Trio Mocotó, referência no estilo, à novas bandas como Os Opalas que, a propósito tem como padrinho o pandeirista Nereu do Trio Mocotó. Nereu participou do show de seus afilhados e com muito bom humor deu seu recado a mulherada “Mulheres vocês são lindas, aproveitem mesmo.”

Nereu e Os Opalas

O show de Os Opalas caiu na graça do público, banda da nova geração lançou seu primeiro CD, Nossas Origens, em 2008, com show empolgante levantou a platéia de 15 mil pessoas. “Nossa adorei! É até difícil falar porque adoro essa banda, eles são um máximo”, elogia Kamicha.

Além de Os Opalas, passaram pelo palco Rio Branco, na madrugada do dia 3, as bandas Sandália de Prata, Farufyno, Trio Mocotó, Clube do Balanço e Sambasonics. “Essas bandas foram escolhidas a dedo, Clube do Balanço é muito bom, não tem como não gostar dos caras”, afirmou Rosemeire Vital, que prestigiou o show ao lado do seu marido Kennedy Haywanon.

Com a aprovação do público a Virada terminou. “Apesar de ter sido o primeiro palco dedicado à nós, o saldo foi positivo, as bandas convidadas foram boas, houve segurança e isso mostra o nosso reconhecimento acima de tudo”, conclui Calixto Junior.

Por Aline Silva

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Jornalismo colaborativo é jornalismo?

Ojornalismo colaborativo, jornalismo cidadão ou open source, é uma realidade presente nos meios de comunicação, a cada dia há mais veículos utilizando informações de espectadores, seja por texto, foto ou vídeo.
Este fenômeno já possui abrangência mundial. Nos EUA 34% dos blogs são considerados jornalísticos por seus donos, já a Coréia do Sul, possui um dos sites colaborativos mais visitados, o OhMyNews, no qual a especialista em jornalismo cidadão Ana Brambilla é colaboradora. Porém, o pesquisador do Ibope Inteligência, José Calazans, afirmou em entrevista no Observatório da Imprensa, que o jornalismo cidadão ainda é novo no Brasil.
Ana Brambilla palestrou no Curso Abril, da Editora Abril, referente o jornalismo colaborativo. Ana acredita que tanto o público quanto a mídia tendem a ganhar com isso, e não há como esta prática acabar com o jornalismo convencional.
Antonio Hohlfeldt, professor de pós-graduação da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), em entrevista ao site da FENAJ , afirma que o jornalismo colaborativo é positivo no quesito circulação de informação, porém acredita que deve haver um equilíbrio para a não circulação de informação inverídicas por parte dos colaboradores. Já o professor de comunicação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Alberto Vizeu, entende o jornalismo colaborativo como uma forma de expressão e comunicação da sociedade maior do que o Jornalismo. “Não se restringe só as práticas jornalísticas”, conclui.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Jornalismo por mérito

Há tempos se discute a obrigação do diploma para o profissional de jornalismo, mas, ainda, não há uma decisão definitiva. Informações contrárias destoam-se em meio a centenas de formandos que as faculdades liberam no mercado de trabalho todos os semestres. Segundo a Secretaria de Ensino Superior de São Paulo, em 2008, 133 alunos se formaram em jornalismo, apenas nas universidades estaduais do Estado.
O processo para definir se há obrigatoriedade ou não do diploma está em andamento desde 2001, de lá para cá foram criadas associações e movimentos a favor dos sem diploma. Em contrapartida sindicatos de jornalistas se juntam para manifestações a favor dos graduados.




O Supremo Tribunal Federal definirá esse ano a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão. Enquanto isso jornalistas sem diploma continuam a exercer a função com seus registros provisórios.
O jornalista Luiz Carlos Peri, que possui autorização para atuar como jornalista há 22 anos e não é graduado, trabalhou em grandes veículos como Gazeta Esportiva e Folha de São Paulo durante doze anos, e hoje exerce a atividade de assessor de imprensa. Peri diz que não há discriminação alguma nas redações: “Não há preconceito até porque você possui o registro e nenhum veículo quando te contrata exige seu diploma, eles exigem apenas o registro”. Ele afirma que há um exagero em torno dessa discussão de necessidade ou não do diploma “Não é bem assim como andam falando, pra você ter o registro sem ter o diploma é preciso ter uma série de comprovações: tempo de profissão, matérias assinadas, carta de admissão do veículo etc.”
Segundo Ana Lima, jornalista graduada há seis anos, para os jornalistas formados não há dificuldades de conseguir o registro junto ao Ministério do Trabalho: “Para tirar o MTB basta apresentar o diploma.”
Gustavo Rampini, que se denomina como autodidata, é fotojornalista da agência Futura Press, diz que se considera um jornalista bem sucedido, que já teve suas fotos e matérias publicadas em grandes veículos: “Já tive matéria publicada no Estadão, Último Segundo-IG, Terra, entre outros e além das fotos eu também escrevo”. Ele acredita que jornalismo se aprende na prática, que a faculdade não dá a devida instrução para o profissional “A faculdade serve apenas para passar a teoria, aprender ler e escrever. Rampini passa grande parte do dia na Avenida Paulista procurando pautas, pois para ele, jornalismo se aprende na rua, no cotidiano.
No entanto, não é exatamente assim que os brasileiros pensam. Em pesquisa de opinião realizada pela Fenaj/Sensus aponta que 74,3% dos dois mil entrevistados em território nacional disseram ser a favor do diploma, contra 13,9% que defendem a atuação de jornalistas sem diploma. Os que não souberam e não opinaram foram 11,7%.
Na opinião da jornalista Letícia Vidica, produtora do SBT Brasil, de fato o jornalista aprende na prática, mas acha injusto para quem passa anos na faculdade “Na verdade, você só aprende na prática. Mas, uma vez que as faculdades existem e há milhares de estudantes que passam quatro anos atrás do diploma, acho que ele tem que ser exigido sim.”
Ana analisa a questão de uma ótica diferente, pensa que os jornalistas sem diploma conseguiram alcançar o reconhecimento por merecimento, devido à convivência no mundo jornalístico. Quando trabalhou em redação Ana diz que conviveu com outros profissionais sem diploma: “Trabalhei numa redação que meu chefe não tinha diploma, é claro que outras pessoas que tinham se sentiam superiores a ele, mas ele era o chefe.”
Na época em que trabalhava na redação Peri chegou a entrar na faculdade, mas não terminou “Entrei na Cásper, mas não tinha paciência para ficar lá aprendendo tudo o que eu já fazia, e é por esse motivo que profissionais não formados não fazem faculdade, é outra realidade”.
Rampini, no entanto, nunca fez faculdade, chegou a procurar um curso de Comunicação Ambiental, mas não ingressou pelo fato de não existir essa graduação, apenas pós- graduação “Leio muito, estudo muito e acho que isso é necessário para o profissional que não fez faculdade.”
Ana acredita que hoje a faculdade é essencial para profissionalizar o jornalista, pois na faculdade ele aprende além de técnicas de escrita “É preciso aprofundar seus conhecimentos em algo muito maior, com script qualquer um faz texto, não basta só saber fazer lead.”
Independente da graduação, Letícia acredita que o profissional deve ter ética acima de tudo: “Um jornalista bem sucedido, é aquele que prima pela informação, sabe divulgá-la de forma simples para que todos entendam que seja ético e que não se venda em cima das desgraças alheias.
Acima de qualquer possibilidade de se obter o diploma ou não, fato é que os interesses devem estar focados apenas na realização profissional, ser feliz e trabalhar com ética e orgulho de ser jornalista.


Por Aline Silva

Ginástica Laboral, saúde para o corpo e a mente

Diminuir os problemas de saúde do empregado é sinônimo de aumento de produtividade com qualidade.


Chegou ao Brasil em 1973, porém foi nos últimos dois anos a ascensão da Ginástica Laboral. O ano de 2007 foi considerado o ano dela pela CONFEF (Conselho Federal de Educação Física). Consiste na realização de exercícios físicos no ambiente de trabalho, a fim de promover a saúde e evitar doenças ocupacionais ocasionadas por esforços repetitivos, além de evitar os impactos negativos decorrentes do sedentarismo.

A Ginástica Laboral é compreendida hoje, como a formação do hábito da prática lúdica da atividade física, para a melhora no relacionamento interpessoal e qualidade de vida. Ou seja, além do aspecto físico a ginástica é importante para o psicológico, evitando estresse, falta de concentração e problemas de socialização. A secretária, Lidiane Morais acredita que a Ginástica Laboral pode ser considerada, também, como descontração. “Inovadora é um momento de descontrair, além de melhorar o estress.”

A gerente administrativa Francisca Costa, aponta que as organizações estão preocupadas com o bem estar do funcionário e por esse motivo o aumento de corporações que possuem Ginástica Laboral. “Hoje em dia é necessário pensar na qualidade de vida dos nossos funcionários, assim evitamos descontentamento e melhoramos o ambiente de trabalho”. Francisca afirma que desde o início das atividades de ginástica em sua empresa, o índice de faltas diminui. “A diminuição do número de faltas por decorrência médica foi significativa, além da diminuição dos acidentes de trabalho.”

Com a grande procura de professores para aula de Ginástica Laboral, empresas se especializaram em educação e saúde no trabalho. É o caso da empresa Supporte, que existe há dez anos e é especializada em promover à saúde no ambiente de trabalho, segundo Andrea Silva Frangakis, coordenadora da empresa há dois anos, a Supporte possui diversos programas de promoção à saúde. “Possuímos uma série de serviços ligados à promoção da saúde, tais como, palestras, avaliações ergonômicas, eventos esportivos, eventos corporativos, como SIPATs, Fisioterapia, Nutrição etc.”

Andréa nos explica que há um planejamento específico para cada empresa, conforme a necessidade da mesma. “Após a venda do produto, ocorre uma avaliação cinesiológica da empresa e o planejamento é elaborado de acordo com as necessidades daquele público”.

Para Andréa os benefícios da ginástica são fundamentais ao trabalhador. “Além do ganho físico, ao participar da ginástica laboral o colaborador poderá adquirir maior conscientização corporal, entender como funciona seu corpo e principalmente entender que devemos mantê-lo saudável para que possamos executar nossas tarefas do dia-a-dia.”

A analista de contratos Suelen Schunk, pratica Ginástica Laboral e afirma que a ginástica permite a melhoria da rotina diária. “Pratico porque acho importante e me sinto mais disposta, melhora a qualidade e desempenho do trabalho no decorrer do dia, dando mais disposição para executar as atividades.”

É importante ressaltar que os benefícios da Ginástica Laboral vão além do ambiente de trabalho. O colaborar que a pratica, sente-se mais disposto nas atividades pessoais. No caso de Felipe Miranda, analista de licitações, a prática dos exercícios é feita fora do trabalho. “Aprendi os movimentos e sempre que necessito utilizo deste conhecimento.”

A ginástica deixou de ser apenas uma atividade física, passou a ser uma atividade de socialização e é de extrema importância a dedicação do ser humano à qualidade de vida e a Ginástica Laboral é uma das formas mais simples de elevar essa qualidade, permitindo cuidar do corpo e da mente no horário de trabalho.


Por Aline Silva

Comércio alimentício nos arredores da Unisant´Anna

O Centro Universitário Sant´Anna (Unisant´Anna), na zona norte de São Paulo, possui em sua redondeza cerca de 55 pontos comerciais de alimentação, além de duas cantinas internas. Essa estrutura atende, aproximadamente, os 9600 alunos no período noturno da instituição.
Dentre esses pontos, as barracas de churrasco e salada de frutas destacam-se por serem únicas no segmento, tendo em vista que o restante das barracas e traillers vendem sanduíches em geral.
Valdomiro Alves Pereira, mais conhecido como Sr. Mirão, vende churrasquinho há nove anos em frente à Unisant´Anna. Seu negócio não possui concorrência direta e ele garante ter sucesso absoluto nas vendas. “Trabalho com carne de primeira, por isso dá pra vender bem, o pessoal gosta.” Sr. Mirão começa a trabalhar às 6h e sai da faculdade às 22h. Apesar da longa rotina de trabalho, diz ser feliz. “Gosto de vender aqui e sou feliz por isso.”
Rubens Brito não obtem o mesmo sucesso. Ele vende salada de frutas há dois anos na faculdade, mas sua venda não é satisfatória. “As pessoas ainda não se adaptaram, o começo é sempre complicado.” Ele aposta em propagandas para divulgar sua barraca. “O ano passado divulguei no jornalzinho da faculdade, pra tentar melhorar a venda, esse ano vou divulgar de novo”. Além disso, pretende abrir uma nova barraca no outro bloco da faculdade. “No outro bloco tem mais alunos, tenho certeza que lá vão aumentar as vendas”, enfatiza.
A diversidade de alimentos, na opinião da aluna do 3º semestre de administração Tandy Regiane, é o melhor de comer nas barracas “aqui se come de tudo, e tudo é muito bom, como quase todo dia.” Em contrapartida, o aluno do 1º semestre de jornalismo Igor Carvalho, diz não comer na faculdade. “Tenho uma amiga que trabalha na subprefeitura e faz apreensão, já me falou muitas coisas que ela encontrou, de óleo velho a gente que lava pano de prato na mesma água que cozinha o milho”, ele prefere não arriscar.
Quanto à fiscalização, todos os comerciantes afirmam que existe, porém não é constante.A maior parte dos alunos possui uma rotina agitada, trabalha durante o dia e não têm tempo de voltar para suas casas, vão direto para a faculdade, por isso o alto consumo de alimentos nas barracas e traillers próximos à faculdade, garantindo assim, o ganha pão de outras pessoas.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Discussões Intermináveis




Discussões intermináveis, argumentos sólidos de ambos os lados, apostas sobre apostas, mas nenhum acerto, por enquanto.
Há quem diga que o jornal irá acabar e há os que querem que não acabe. Seja por saudosismo ou modernidade.
Se considerássemos as estatísticas ele já teria chegado ao fim, o que não ocorreu.
Vejamos o caso do jornal francês Liberátion, em 2006 levantou-se a hipótese de que um dos maiores impressos francês, cujo um dos fundadores foi Jean-Paul-Sartre, estaria mal das pernas.
O jornal passava por dificuldade, devido à má administração ou por estar obsoleto? Independente da resposta, fato é que o Liberátion passou pela crise e não findou-se. Em contrapartida sua edição on line é sucesso absoluto, prova de que é possível a convivência entre o velho e o novo.
Não há como ignorar os inúmeros argumentos que defendem o fim do impresso, são válidos e verídicos, porém não podemos culpar apenas a internet. O tempo está cada vez mais escasso, as pessoas não conseguem se dedicar a leitura em geral, a internet torna-se uma facilitadora nesse sentido, porém a forma que os impressos são feitos facilita também a sua própria decadência, “O modelo dos jornais está em xeque. E não é porque donos de jornais e jornalistas desconheçam esse fato. O modelo está em xeque porque o medo de mudar é maior do que o medo de conservar algo que se desmancha no ar”, palavras de Ricardo Noblat em A Arte de fazer um jornal diário.
A renovação tem que ocorrer para não definhar, mas o problema não está só nos impressos; a internet é um excelente meio de comunicação, rápida, interativa e dinâmica, no entanto há, ainda, necessidade de fazer jornalismo com qualidade, informações precisas e notícias verídicas, não apenas uma corrida contra o tempo de quem passa a informação primeiro, mas sim de quem tem a notícia melhor apurada.
Não é tão simples assim, para isso precisamos de profissionais capacitados e dispostos a atender o time da internet, enquanto isso não ocorrer sempre teremos que recorrer ao bom e velho jornal.

Por Aline Silva

Lei Seca mal resolvida

Em tempos de lei seca, os comerciantes fazem de tudo para não perderem a clientela, táxi por conta da casa, vans gratuitas, motoristas particulares etc.
Até a festa “alcoólica” mais badalada do país, teve de se adequar à nova lei. Na Oktoberfest deste ano, foram instalados bafômetros e antes de sair às pessoas faziam o teste, se fossem reprovadas tinham o direito a um motorista particular para levá-las em suas residências.
Quanta mordomia? Ou não?
Pensemos, é função do governo regulamentar leis que protejam e mantenham o bem estar do cidadão, porém tais leis devem ser melhor planejadas, para não privar a população de divertimentos e tornar os cidadãos “prisioneiros” do Estado.
A disponibilização de transporte público durante a madrugada seria essencial neste caso, assim as pessoas poderiam sair de suas casas, sem transtornos para retornar, conseqüentemente os comerciantes não teriam que criar idéias mirabolantes para não perder seus clientes, além de aumentar a oportunidade de emprego, para motoristas e cobradores de ônibus e, até mesmo, funcionários públicos para o metrô.
Na maioria das vezes, nos deparamos com medidas imediatistas do governo, a fim de demonstrar preocupação conosco, porém quando paramos para pensar, percebemos o quão equivocados são, não pela lei, mas pela forma que elas entram em vigor.

Por Aline Silva

A Mudança chegou à América



Enfim, a prova de que a democracia também funciona.
Cerca de 50 anos atrás jamais imaginaríamos um negro na presidência da maior potência mundial. Barack Obama chegou para quebrar paradigmas.
Num país com o passado de racismo feroz, os negros americanos lavaram a alma nessa empolgante eleição de 2008. Entrou para a história!
Negro, filho de queniano, casado com uma negra, constituiu uma família de afro-americanos, mas não podemos esquecer que mesmo com todas essas características, Obama não deixa de ser americano.
Milhões de negros estão com a sensação de que a guerra foi vencida, isso faz com que as atenções virem-se apenas à questão da raça, mas ele não vai governar só para os negros e, sim, para todos, se levarmos em consideração o ideal de Martin Luther King, todos os indivíduos tornariam-se iguais mediante à lei, independente de sua cor.
Os interesses do novo presidente são os mesmos de todos os outros que já passaram pela Casa Branca, que é manter os EUA no topo do mundo, a diferença está na forma de demonstrar tais interesses.
Obama não é King, muito menos Mandela, tem carisma e empatia, com isso ganhou o apoio de todo o mundo e a maior prova de sua “sede” americana foi sua campanha, embasada no sentimento nacionalista e patriota.
Agora será a verdadeira e árdua missão do novo presidente, driblar a oposição burguesa e fazer o possível para colocar em prática todas as suas promessas. O mundo todo aposta em Obama e ele precisa ser bom!

Por Aline Silva

Eleições

Pouca coisa é tão interessante quanto avaliar o talento artístico de candidatos a política no período eleitoral.
Fico imaginando tamanho o orgulho que eles sentem a cada eleição. São verdadeiros artistas, rimam, cantam, criam slogans incríveis e tem até mesmo os que topam micos, uivando, compartilhando copos de bêbados e vestindo cachorro com camiseta estampado com nome de candidato. Aí o mico é do cão, né? Ainda bem que e o pobre animal não entende isso! E que sorte invejável.
Fascinante mesmo é ter Oscar Maroni na coligação Tostão X Milhão afinal ele está contra quem?
Queria eu, saber onde um hotel de 223 suítes em Moema, um Jaguar, uma Mercedes, um Jet Sky e mais uma porção de fazendas custariam tão pouco. Um tostão declarado em aproximadamente 34 milhões, fora o Bahamas, que nosso prefeito tanto recrimina, seria por inveja?
Esclarecendo: Não do Maroni, mas de suas funcionárias!
O patrimônio de Maroni chega ser superior ao de Maluf, aquele que fez tudo. Ops! Ele não fez um Bahamas.
Maluf nos faz lembrar do esquema de propinas da máfia dos fiscais, no qual Vicente Viscome, também candidato a vereador, foi condenado a seis anos de cadeia pela participação na sujeirada. Eis que o show sempre tem que continuar e Vicente Viscome também é da turma dos Tostões e tem declarado mais de 50 imóveis.
É, “peroba neles”! Peroba neles, se Osmar Lins não tivesse também tantos bens e diversas fazendas na Bahia
Em quem devemos acreditar então? Tem candidato declarando boate e outros somente celular!
Absurdamente tem os que declaram dormir na rua e ainda assim há os que se chocam com os comentários de “Soninho” Francine, quanto a mais um show de palhaçadas na câmara.
Com tanta ladainha prefiro acreditar no que vejo nas deficiências do governo, no sofrimento e alegria do meu povo e pensar filosoficamente, a felicidade real existe na verdade, seja ela qual for. E ter a certeza de que ela não está no horário eleitoral e muito menos nas aprovações de projetos na câmara.
Faça- me o favor!
Por Aline Silva

Se não pode com eles, junte-se a eles

Com a grande demanda de sites ilegais que disponibilizam downloads gratuitos de vídeos e músicas, grandes indústrias cinematográficas e fonográficas buscam incessantemente alternativas para escapar dessa armadilha.
A Warner Bross achou uma solução, lançou recentemente um site com acesso gratuito às suas séries, no site não poderá baixar os vídeos, mas disponibilizará séries inéditas, uma forma inovadora de conquistar os internautas viciados em seriados.
Essa novidade permite uma interação que só pode ser usufruída na web, alguns seriados como “Friends” que possui mais de dez anos de existência, têm sua primeira temporada disponível na íntegra e gratuitamente.
Como um canal de TV pode se manter atualmente com o crescimento de séries e programas exclusivos da internet?
E se essa for à solução encontrada? Disponibilizar na web séries que tiveram sucesso notável na TV com recursos de busca, edição de cenas com efeitos e legendas e até mesmo uma lista de execução.
Esses tipos de sites reforçam a necessidade de maior interação com os meios de comunicação e a internet continua a ser a forma de se comunicar mais livremente e quem sabe futuramente, em relação a temas sociais e jornalísticos.
Por Aline Silva