quarta-feira, 8 de abril de 2009

Comércio alimentício nos arredores da Unisant´Anna

O Centro Universitário Sant´Anna (Unisant´Anna), na zona norte de São Paulo, possui em sua redondeza cerca de 55 pontos comerciais de alimentação, além de duas cantinas internas. Essa estrutura atende, aproximadamente, os 9600 alunos no período noturno da instituição.
Dentre esses pontos, as barracas de churrasco e salada de frutas destacam-se por serem únicas no segmento, tendo em vista que o restante das barracas e traillers vendem sanduíches em geral.
Valdomiro Alves Pereira, mais conhecido como Sr. Mirão, vende churrasquinho há nove anos em frente à Unisant´Anna. Seu negócio não possui concorrência direta e ele garante ter sucesso absoluto nas vendas. “Trabalho com carne de primeira, por isso dá pra vender bem, o pessoal gosta.” Sr. Mirão começa a trabalhar às 6h e sai da faculdade às 22h. Apesar da longa rotina de trabalho, diz ser feliz. “Gosto de vender aqui e sou feliz por isso.”
Rubens Brito não obtem o mesmo sucesso. Ele vende salada de frutas há dois anos na faculdade, mas sua venda não é satisfatória. “As pessoas ainda não se adaptaram, o começo é sempre complicado.” Ele aposta em propagandas para divulgar sua barraca. “O ano passado divulguei no jornalzinho da faculdade, pra tentar melhorar a venda, esse ano vou divulgar de novo”. Além disso, pretende abrir uma nova barraca no outro bloco da faculdade. “No outro bloco tem mais alunos, tenho certeza que lá vão aumentar as vendas”, enfatiza.
A diversidade de alimentos, na opinião da aluna do 3º semestre de administração Tandy Regiane, é o melhor de comer nas barracas “aqui se come de tudo, e tudo é muito bom, como quase todo dia.” Em contrapartida, o aluno do 1º semestre de jornalismo Igor Carvalho, diz não comer na faculdade. “Tenho uma amiga que trabalha na subprefeitura e faz apreensão, já me falou muitas coisas que ela encontrou, de óleo velho a gente que lava pano de prato na mesma água que cozinha o milho”, ele prefere não arriscar.
Quanto à fiscalização, todos os comerciantes afirmam que existe, porém não é constante.A maior parte dos alunos possui uma rotina agitada, trabalha durante o dia e não têm tempo de voltar para suas casas, vão direto para a faculdade, por isso o alto consumo de alimentos nas barracas e traillers próximos à faculdade, garantindo assim, o ganha pão de outras pessoas.

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