quinta-feira, 5 de março de 2009

Discussões Intermináveis




Discussões intermináveis, argumentos sólidos de ambos os lados, apostas sobre apostas, mas nenhum acerto, por enquanto.
Há quem diga que o jornal irá acabar e há os que querem que não acabe. Seja por saudosismo ou modernidade.
Se considerássemos as estatísticas ele já teria chegado ao fim, o que não ocorreu.
Vejamos o caso do jornal francês Liberátion, em 2006 levantou-se a hipótese de que um dos maiores impressos francês, cujo um dos fundadores foi Jean-Paul-Sartre, estaria mal das pernas.
O jornal passava por dificuldade, devido à má administração ou por estar obsoleto? Independente da resposta, fato é que o Liberátion passou pela crise e não findou-se. Em contrapartida sua edição on line é sucesso absoluto, prova de que é possível a convivência entre o velho e o novo.
Não há como ignorar os inúmeros argumentos que defendem o fim do impresso, são válidos e verídicos, porém não podemos culpar apenas a internet. O tempo está cada vez mais escasso, as pessoas não conseguem se dedicar a leitura em geral, a internet torna-se uma facilitadora nesse sentido, porém a forma que os impressos são feitos facilita também a sua própria decadência, “O modelo dos jornais está em xeque. E não é porque donos de jornais e jornalistas desconheçam esse fato. O modelo está em xeque porque o medo de mudar é maior do que o medo de conservar algo que se desmancha no ar”, palavras de Ricardo Noblat em A Arte de fazer um jornal diário.
A renovação tem que ocorrer para não definhar, mas o problema não está só nos impressos; a internet é um excelente meio de comunicação, rápida, interativa e dinâmica, no entanto há, ainda, necessidade de fazer jornalismo com qualidade, informações precisas e notícias verídicas, não apenas uma corrida contra o tempo de quem passa a informação primeiro, mas sim de quem tem a notícia melhor apurada.
Não é tão simples assim, para isso precisamos de profissionais capacitados e dispostos a atender o time da internet, enquanto isso não ocorrer sempre teremos que recorrer ao bom e velho jornal.

Por Aline Silva

Lei Seca mal resolvida

Em tempos de lei seca, os comerciantes fazem de tudo para não perderem a clientela, táxi por conta da casa, vans gratuitas, motoristas particulares etc.
Até a festa “alcoólica” mais badalada do país, teve de se adequar à nova lei. Na Oktoberfest deste ano, foram instalados bafômetros e antes de sair às pessoas faziam o teste, se fossem reprovadas tinham o direito a um motorista particular para levá-las em suas residências.
Quanta mordomia? Ou não?
Pensemos, é função do governo regulamentar leis que protejam e mantenham o bem estar do cidadão, porém tais leis devem ser melhor planejadas, para não privar a população de divertimentos e tornar os cidadãos “prisioneiros” do Estado.
A disponibilização de transporte público durante a madrugada seria essencial neste caso, assim as pessoas poderiam sair de suas casas, sem transtornos para retornar, conseqüentemente os comerciantes não teriam que criar idéias mirabolantes para não perder seus clientes, além de aumentar a oportunidade de emprego, para motoristas e cobradores de ônibus e, até mesmo, funcionários públicos para o metrô.
Na maioria das vezes, nos deparamos com medidas imediatistas do governo, a fim de demonstrar preocupação conosco, porém quando paramos para pensar, percebemos o quão equivocados são, não pela lei, mas pela forma que elas entram em vigor.

Por Aline Silva

A Mudança chegou à América



Enfim, a prova de que a democracia também funciona.
Cerca de 50 anos atrás jamais imaginaríamos um negro na presidência da maior potência mundial. Barack Obama chegou para quebrar paradigmas.
Num país com o passado de racismo feroz, os negros americanos lavaram a alma nessa empolgante eleição de 2008. Entrou para a história!
Negro, filho de queniano, casado com uma negra, constituiu uma família de afro-americanos, mas não podemos esquecer que mesmo com todas essas características, Obama não deixa de ser americano.
Milhões de negros estão com a sensação de que a guerra foi vencida, isso faz com que as atenções virem-se apenas à questão da raça, mas ele não vai governar só para os negros e, sim, para todos, se levarmos em consideração o ideal de Martin Luther King, todos os indivíduos tornariam-se iguais mediante à lei, independente de sua cor.
Os interesses do novo presidente são os mesmos de todos os outros que já passaram pela Casa Branca, que é manter os EUA no topo do mundo, a diferença está na forma de demonstrar tais interesses.
Obama não é King, muito menos Mandela, tem carisma e empatia, com isso ganhou o apoio de todo o mundo e a maior prova de sua “sede” americana foi sua campanha, embasada no sentimento nacionalista e patriota.
Agora será a verdadeira e árdua missão do novo presidente, driblar a oposição burguesa e fazer o possível para colocar em prática todas as suas promessas. O mundo todo aposta em Obama e ele precisa ser bom!

Por Aline Silva

Eleições

Pouca coisa é tão interessante quanto avaliar o talento artístico de candidatos a política no período eleitoral.
Fico imaginando tamanho o orgulho que eles sentem a cada eleição. São verdadeiros artistas, rimam, cantam, criam slogans incríveis e tem até mesmo os que topam micos, uivando, compartilhando copos de bêbados e vestindo cachorro com camiseta estampado com nome de candidato. Aí o mico é do cão, né? Ainda bem que e o pobre animal não entende isso! E que sorte invejável.
Fascinante mesmo é ter Oscar Maroni na coligação Tostão X Milhão afinal ele está contra quem?
Queria eu, saber onde um hotel de 223 suítes em Moema, um Jaguar, uma Mercedes, um Jet Sky e mais uma porção de fazendas custariam tão pouco. Um tostão declarado em aproximadamente 34 milhões, fora o Bahamas, que nosso prefeito tanto recrimina, seria por inveja?
Esclarecendo: Não do Maroni, mas de suas funcionárias!
O patrimônio de Maroni chega ser superior ao de Maluf, aquele que fez tudo. Ops! Ele não fez um Bahamas.
Maluf nos faz lembrar do esquema de propinas da máfia dos fiscais, no qual Vicente Viscome, também candidato a vereador, foi condenado a seis anos de cadeia pela participação na sujeirada. Eis que o show sempre tem que continuar e Vicente Viscome também é da turma dos Tostões e tem declarado mais de 50 imóveis.
É, “peroba neles”! Peroba neles, se Osmar Lins não tivesse também tantos bens e diversas fazendas na Bahia
Em quem devemos acreditar então? Tem candidato declarando boate e outros somente celular!
Absurdamente tem os que declaram dormir na rua e ainda assim há os que se chocam com os comentários de “Soninho” Francine, quanto a mais um show de palhaçadas na câmara.
Com tanta ladainha prefiro acreditar no que vejo nas deficiências do governo, no sofrimento e alegria do meu povo e pensar filosoficamente, a felicidade real existe na verdade, seja ela qual for. E ter a certeza de que ela não está no horário eleitoral e muito menos nas aprovações de projetos na câmara.
Faça- me o favor!
Por Aline Silva

Se não pode com eles, junte-se a eles

Com a grande demanda de sites ilegais que disponibilizam downloads gratuitos de vídeos e músicas, grandes indústrias cinematográficas e fonográficas buscam incessantemente alternativas para escapar dessa armadilha.
A Warner Bross achou uma solução, lançou recentemente um site com acesso gratuito às suas séries, no site não poderá baixar os vídeos, mas disponibilizará séries inéditas, uma forma inovadora de conquistar os internautas viciados em seriados.
Essa novidade permite uma interação que só pode ser usufruída na web, alguns seriados como “Friends” que possui mais de dez anos de existência, têm sua primeira temporada disponível na íntegra e gratuitamente.
Como um canal de TV pode se manter atualmente com o crescimento de séries e programas exclusivos da internet?
E se essa for à solução encontrada? Disponibilizar na web séries que tiveram sucesso notável na TV com recursos de busca, edição de cenas com efeitos e legendas e até mesmo uma lista de execução.
Esses tipos de sites reforçam a necessidade de maior interação com os meios de comunicação e a internet continua a ser a forma de se comunicar mais livremente e quem sabe futuramente, em relação a temas sociais e jornalísticos.
Por Aline Silva